Ultimamente tivesse vários relacionamentos onde todos me trouxeram a mesma situação e tenho certa teoria sobre ela:
Sou um homem gay afeminado e consequentemente outras homens que se atraem por mim sempre tem o mesmo fetiche, homens de calcinha/femboys/transsex..etc.
Percebi que todos esses homens são "heteronormativo" desde a infância e por causa da pressão em ser hetero acabam projetando isso nas suas relações sexuais, não conseguindo se atrair por figuras masculinas por elas mesmas, precisam feminilizar para "expurar" essa culpa.
Não tenho interesse em ser a projeção da homofobia mas infelizmente acho que vou viver com isso. É possível com tratamento psicológico e autoaceitação alguém conseguir mudar seu desejo sexual? Ou esses fetiches são marcar para sempre na vida de alguém?
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26 JAN 2022
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Olá, Lovely
Achei muito interessante seu raciocínio, de fato, faz sentido sobre a sexualizacao por "feminização". Entretanto, penso que, de alguma forma, nos colocamos em algumas situações que precisamos decidir se queremos ou não permanecer nela. Ou seja, qual a parte que me cabe nessa aproximação?
Se é algo que faço e não estou disposto a abrir mão, preciso fortalecer minha decisão de me afastar sempre que isso não fizer bem.
Quanto à permanência de fetiches, a sexualidade é bem fluida e é possível sim que esses fetiches mudem com o tempo.
Ola Lovely, o trabalho terapeutico faz com que entendemos nossos pensamentos e sentimentos , procure um bom profissional para lhe ajudar nessa fase de sua vida!
Este ou estes fetiches não incomodam quando voce mesmo não os aceita; talvez voce esteja colocando problemas aonde não tem.
Precisa sim resolver o problema dos limites que voce se autoimpõe.
Olá Lovely.
Quando se trabalha com sexualidade o enfoque é no incômodo e na falta de satisfação.
Só você poderá responder essas perguntas.
Sugiro acompanhamento psicológico.
Estou à disposição.
Célia Jovanka.
Olá Lovely! Grato por escrever. Sua dúvida é muito delicada, abrangente e complexa. O tempo não para, as pessoas estão em constante mudança. Certezas absolutas não existem. Tudo é possível. Há um conjunto enorme em combinação única, na história de cada pessoa. Observamos com certa frequência, pessoas que mudam os desejos sexuais. Isso, no entanto, não quer dizer, que isso aconteça sob controle dela ou de alguém. Cada pessoa é única, passa a vida tentando decifrar a si mesma.
A busca do autoconhecimento, os contextos que a vida apresenta, a personalidade das pessoas, as faz passar por transformações.
Estarei a disposição para fundamentações que se fizerem adequadas.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos (atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento), até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Cuide-se!
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.
Sua observação é bem pertinente, muitas vezes as relações homoafetivas são marcadas por fetiches ou projeções de desejos e cobranças.
Não dá pra mudar o que os outros buscam em você, mas dá pra melhorar a sua forma de se ver. Talvez desenvolvendo mais segurança em sua própria sexualidade e forma de se relacionar.
Com mais segurança pessoal, automaticamente as pessoas vão te ver de outra forma, e quem sabe passar a atrair outros tipos de relações.
A psicoterapia ajuda bastante nesta educação para a segurança e o autoconhecimento.
Caso tenha interesse, fico à disposição.
