Sou casada há dois anos e minha relação era ótima, ele era meu melhor amigo, muito companheiro, romântico, estávamos em nossa melhor fase, planejando engravidar no próximo ano. Porém um defeito que vinha surgindo era certa agressividade quando bebia muito, falava alto e queria entrar em discussão com as pessoas, e ficava irracional (burro mesmo) sem entender direito o que dizíamos, sem conseguir se comunicar de forma razoável. Recentemente reclamei disso em uma festa, em q ele estava começando a ficar chato pq tinha bebido muito, e ele ficou raivoso e me segurou muito forte, tive q chamar ajuda e senti que ele só não me bateu pq não estávamos sozinhos. Ele pediu mil desculpas mas não fez nada para mudar. Então na última semana foi demitido do emprego, e vi que ficou muito mal, facilmente irritável, mas compreendi devido ao contexto. Fomos a uma festa sábado e deixei ele beber, pensei q precisava esquecer da demissão um pouco. Estava tudo ótimo, mas começou a ficar chato, e chegando em casa queria reclamar de tudo. Eu disse q não aguentava mais ele assim, foi quando ele me puxou e começou a dar socos na minha cabeça. Saí de casa, fiz BO, contei para minha família para ter apoio e tive que contar para meu chefe pois não tive condições de ir trabalhar. Mas agora estou extremamente deprimida por ter contado para todo mundo, queria ter só saído de casa para que a gente tivesse uma chance de voltar no futuro, se ele fizesse psicoterapia. Ele disse q aceita fazer qualquer coisa q for necessária, que irá se tratar, q só quer me fazer feliz. Mas agora me sinto humilhada por sequer considerar voltar com ele, eu perderia o respeito de todas as pessoas. Por outro lado, imaginar perder meu casamento e a vida que tínhamos juntos está me matando a casa dia, eu não tenho vontade nenhuma de viver mais
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3 AGO 2023
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JU
Você deveria estar envergonhada por ter escolhido este tipo de pessoa para casar...
E quem deve ficar envergonhado agora é ele e não você.
Fez muito bem sair de casa e registrar BO.
Uma pessoa destas, antes de pensar casar é se tratar, curar seus traumas, sua raiva, seu emocional.
O ele fazer Psicoterapia não é suficiente para você voltar ao convívio com ele, a menos que escolha sofrer.
Antes de conviver contigo, deve aprender a morar sozinho.
Mas, você escolhe o que fazer, porém saiba que cada escolha gera suas consequências pelas quais é responsável.
Você se torna o que escolhe.
Abraços
Oi Ju, sinto muito por tudo que você anda passando. Quando álcool e agressão física se combinam é muito complicado. O álcool tem vários efeitos no organismo, um dele é atuar no córtex pré-frontal e causar desinibição, ou seja, a pessoa ela pode agir sem as amarras sociais, podendo ficar mais violenta. Quando isso acontece num relacionamento acaba sendo muito destrutivo. É fundamental você avaliar como esse relacionamento faz você se sentir, os prejuízos que vem gerando para você ao longo do tempo. Você pode dar quantas chances você quiser para ele, mas isso não é garantia que ele vai tratar a dependência química, pois não existem garantias. O tratamento só depende dele, o auto controle tem que ser dele e eu sei como é difícil quando o assunto é dependência química. Muitas vezes o indivíduo tem o apoio de todos, família, cônjuge, amigos, mas se ele não estiver engajado no tratamento nada disso adianta. Você é responsável por si, não por ele. Você tem que assumir o controle da sua vida, escolher o que é melhor para si.
É normal esta ambiguidade de pensamento quanto ao seu casamento. De um lado vem o medo, a frustração de um abuso físico e, de outro, o emocional que não consegue esquecer toda boa vida que teve ao lado dele.
É bem aparente que ele está em um momento da vida que não é favorável e ele não está sabendo lidar (não tem recursos emocionais), contudo, isso não justifica a agressão.
Contudo, é muito importante que, neste momento, acima de qualquer possibilidade de ação, você reflita sobre como se sente, para não deixar a emoção guiar uma decisão que também precisa de razão.
Se quiser conversar sobre e ajuda para entender estes sentimentos ambíguos, estou à sua disposição.
Sinceros desejos de boa sorte,
Rafael Silva | CRP 06/190178
Olá, como vai?
È importante reconhecer que cada pessoa é única e complexa, e o tratamento das situações deve ser individualizado. Nesse contexto, algumas considerações importantes seriam:
Segurança em primeiro lugar: A violência física é inaceitável em qualquer relacionamento. Sua segurança e bem-estar devem ser a prioridade neste momento.
Autoconhecimento e cuidado emocional: É fundamental que você procure apoio emocional neste momento difícil. Conversar com amigos, familiares ou um profissional de saúde mental pode ajudar a lidar com a situação e suas emoções.
Importância da psicoterapia: A psicoterapia é uma abordagem que pode ser benéfica tanto para você quanto para seu parceiro. Buscar ajuda profissional pode ser uma forma de entender e trabalhar questões emocionais, comportamentais e relacionais presentes no casamento.
Mudanças pessoais e crescimento: Seu parceiro pode estar passando por um momento de crise emocional, e a psicoterapia pode ser uma oportunidade para ele compreender suas questões internas e buscar mudanças positivas.
Decisão pessoal: A decisão de perdoar ou não é altamente pessoal e não tem respostas fáceis. Pode ser benéfico considerar o bem-estar de ambas as partes, avaliando se as mudanças necessárias estão acontecendo e se há um comprometimento real em melhorar.
Lembre-se de que nenhum conselho é substituto para a ajuda profissional. Considerar a busca por terapia individual e conjunta pode ajudar a lidar com essa situação complexa. O respeito, a segurança emocional e a saúde são fundamentais em qualquer relacionamento, e é essencial priorizar esses aspectos.
Olá ajuda, o melhor conselho que posso dar é busque ajuda psicológica, pois tudo que você vivenciou gera um conflito emocional, que muitas vezes precisa da ajuda de um profissional, pois sozinha ou com família você não terá o suporte necessário.
Espero ter te ajudado.
Abraços,
Mariana
Olá Ju! Obrigado por escrever. Segundo o que você escreveu, você está integrando coisas de forma indevida. O perdão é benéfico para o perdoador, antes de ser para o perdoado; perdão é limpeza de consciência, é pessoal. Perdoar é diferente de viver juntos. Pelo relatado, vocês já viveram a história de vocês; precisam de outras vivências.
Vocês, os dois, precisam viver outras experiências, amadurecer. Precisam se tornar outras pessoas. O centro da questão não está nas pessoas, está em você, para você. Para ele não está em você, nem em outras pessoas, está nele.
Na verdade, vocês se casaram antes de se conhecerem.
Tanto você quanto ele, para construírem, cada qual, sua autonomia de história, de ajuda.
Será preciso vocês se desligarem completamente para se reorganizarem, cada qual com total e plena responsabilidade e autonomia, sem explicar e esperar coisas um do outro.
Será preciso assumir a plenitude da construção do destino.
Estarei a disposição para maiores aprofundamentos e mais detalhados argumentos.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado – Psicólogo clínico e orientador ocupacional.
