Olá. Eu estive em um relacionamento por cerca de dois anos, sendo enganada. Sempre que eu descobria, brigávamos, nos afastávamos e eu ficava cada vez pior. Era sempre com a mesma mulher que ele me enganava. Após cerca de sete idas e vindas, ele me procurou prometendo que tudo seria diferente e que não faria bobagens pra me perder. Acreditei e o aceitei de volta. Ele fez tudo de novo. Com a mesma pessoa. Eu não suportei. Separei todos os presentes que ele me deu e os destruí. Moramos a 200km de distância um do outro. Peguei os objetos destruídos e viajei 200km até a casa dele. Chegando lá, joguei os objetos no chão, diante dele, à porta de sua casa, e voltei pra minha cidade. Ele mora com os pais. Agora, todos da família dele dizem que estão com medo de mim. Acham que, se fiz isso, sou capaz de matá-los. Jamais agredi, quem quer que seja, mesmo nos piores momentos. Também não tenho hábito de destruir coisas por raiva. Isso que fiz, foi pra mim um ritual de libertação, porque não queria mais na minha casa coisas que fizessem lembrar dele e de todas as mentiras. Eu levei até lá porque quis mostrar o quanto ele me despedaçou. Será que estão todos certos e eu estou errada? Isso é indício de algum transtorno antissocial? Para mim, foi um fato isolado com uma causa. Para eles, esse fato parece dizer mais sobre mim do que os anos de convivência. Isso pode ser visto com um problema?
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17 MAI 2016
· Esta resposta foi útil a 31 pessoas
Olá Yanna!
Parece que você sofreu muito ao longo deste relacionamento, como você mesma diz, encontrou na forma de destruir aqueles objetos expor seu sentimento interior de sentir-se despedaçada.
Se como você mesma diz, foi um fato isolado e você não costuma ser uma pessoa agressiva em outras situações, não há oque ser trabalhado em relação a agressividade, pelo contrário, foi uma maneira saudável que você encontrou de expor sua raiva - destruir os objetos.
Vale pensar se a mesma proporção que enxergamos o fato é coerente com a forma que as pessoas que participaram o enxergaram, ao ponto de se assustarem tanto.
As vezes quando estamos com raiva não temos a dimensão do quanto podemos ser agressivos, e é importante que você busque a psicoterapia para explorar o autoconhecimento de seus sentimentos para lidar de maneira diferente em futuras situações de frustração, raiva ou mágoa.
Na psicoterapia você também poderá analisar-se dentro desta relação, o que a manteve tanto tempo mesmo sendo enganada, as expectativas em relação a este parceiro e toda mágoa destas idas e vindas.
O processo trará muitos benefícios neste aspecto, a organizar internamente todos estes sentimentos e lembranças.
Esta organização poderá ser fundamental para seu próximo relacionamento afetivo.
26 MAI 2016
· Esta resposta foi útil a 25 pessoas
Olá Yanna,
Como toda ação tem uma reação, você reagiu. Portanto, não significa que você tenha um transtorno. Mas se os seus comportamentos estão lhe incomodando, seria ideal que você os analise ponto a ponto e converse com um profissional de psicologia para alinhar o ajuste que você pretende realizar.
19 MAI 2016
· Esta resposta foi útil a 26 pessoas
Yanna, boa tarde! Você passou por momentos muito difíceis, de muito sofrimento. Essa explosão de raiva é uma mistura de sentimentos e, como você mesma colocou, foi algo pontual. Não vejo razões para tratar esse episódio como um transtorno, porém acredito que fazer terapia seja algo que vai te ajudar a se conhecer melhor e a superar o trauma deixado por tudo o que passou. Boa sorte.
18 MAI 2016
· Esta resposta foi útil a 26 pessoas
Bom dia Yanna, seu relato da situação é bem coerente, é claro que você estava com muita raiva e com muita tristeza. Seus sentimentos me parecem bem fundamentados. Também sua atitude de ritualizar o fim dessa relação e de simbolizar como se sentia (em pedaços) demonstra congruência. O ritual é muito saudável para sua estrutura emocional. A família dele está dizendo que você passou do limite com relação à expressão de algum dos seus sentimentos, mas isso não condiz com a sua percepção.
O que me chama a atenção em seu pedido de ajuda é o fato de você ter permitido o desrespeito e engano da parte seu companheiro para com você por um período longo. Outro fato é a intensidade da sua preocupação com relação a opinião alheia. Percebe que esses dois fatos evidenciam uma atitude interna de menos valia sua para consigo mesma? Aqui sim, merece uma busca de ajuda para evitar viver outras situações com essa postura interna. A autoestima leva à autosegurança, que é um requisito muito importante na conquista de seus intentos e na realização de suas necessidades. Estou à sua disposição, caso queira falar mais sobre você.
18 MAI 2016
· Esta resposta foi útil a 27 pessoas
Acredito que esta passando por uma crise na qual desencadeou um baixo controle da raiva e da frustração, com uma terapia adequada você voltará a ter o controle sobre a expressão dos seus sentimentos de forma a não mais sofrer.
17 MAI 2016
· Esta resposta foi útil a 27 pessoas
Compreendo quando dizes que não costuma fazer isso, não creio que tenhamos que rotular esta atitude como algum tipo de transtorno, mas penso que algo se passou contigo para que tu tenhas passado diretamente esta raiva ao ato. Não sabemos o que esta separação e a consequente raiva podem ter desencadeado dentro de ti, de acordo com a tua história, mas sugiro que tu procures um psicólogo para que tu possas colocar todas estas questões da tua vida e te ajudar a se pensar.
17 MAI 2016
· Esta resposta foi útil a 23 pessoas
Yanna, bom dia! A raiva pode ser um sentimento passageiro, num momento de raiva, de ira, as pessoas podem tomar atitudes ou proferem palavras, contra o alvo do seu sentimento, atitudes e palavras essas das quais poderão, se arrepender depois. Por se tratar de um impulso, pode tornar-se incontrolável. Nessa hora devemos respirar fundo ou mesmo trabalhar formas em seus ajustamentos criativos de lidar com os estas situações. Assim, procuremos controlar esse sentimento em nós, em de acordo com a nossa forma de ser, sentir e viver que é única! Não há uma solução ou uma resposta imediata que podemos lhe oferecer, apenas lhe indicar que se for possível, e do seu interesse, buscar um processo terapêutico na sua cidade. A psicoterapia é um processo único e individual que se desenvolve através de uma relação terapêutica entre paciente e psicoterapeuta e que possibilita transformação e consciência acerca de sua vida, suas relações, seu jeito de ser! Existem outras linhas de trabalho dentro da psicologia, mas todas buscam a melhora significativa do paciente seja Psicanálise, Gestaltista, Junguianos, Lacanianos, TCC, todos são psicólogos. O Importante é você encontrar qual a melhor linha e Psicoterapeuta que você se identifica! Não existe certo ou errado! Mas encontrar a melhor forma de compreender a queixa, o mundo e a sua forma de lidar com o mundo. Espero ter lhe ajudado! Abraços, Danielle Almeida