Minha filha de 40 anos, solteira, sente necessidade de ter um namorado, mas os afugenta, pelo seu tipo de comportamento.
Agora diz que vivemos no mundo da fantasia e que tem três rapazes interessados nela, mas quando perguntamos a ela porque eles não se manifestam, ela não dá respostas plausíveis.
Se alguém tosse, acha que esta se comunicando com outra pessoa para prejudicá-la.
Fica nervosa quando houve barulho de porta.
Enfim, ela precisa de tratamento, mas as informações que obtivemos até agora é que só de livre e espontânea vontade é que se poderá iniciar um tratamento.
Engraçado que uma pessoa viciada em drogas, que, quando não está drogado poder estar em plena consciência e são
pode ser forçada judicialmente para se tratar e uma pessoa que aparentemente nunca está normal como a minha filha, não posso forçar a se tratar.
Estamos com medo, de, com a evolução de seus problemas, acontecer alguma violência, acidente ou outra desgraça qualquer.
O que fazer nesse caso?
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28 JUL 2017
· Esta resposta foi útil a 7 pessoas
Olá Alci,
Sua aflição e preocupação com sua filha é notável e admirável. Antes de qualquer coisa gostaria de te explicar quanto ao tratamento imposto à usuário de drogas. O usuário, quando definido como incapaz por um juiz, pode ser encaminhado para o tratamento por seu curador (pessoa legalmente responsável por ele) ou por decisão do próprio juiz. Porém, sabe-se que o tratamento compulsório não é o ideal e não traz tantos benefícios como é comum imaginar.
Percebo pelo seu relato que sua filha precisa de ajuda, porém ela precisa aceitar isso para que possa começar a fazer um tratamento, ela é adulta e responsável por si mesma, tentar forçá-la a iniciar um tratamento pode prejudicar sua situação além de prejudicar a relação entre vocês duas.
Entendo como é frustrante estar no lugar de mãe e se sentir de mãos atadas em uma situação como esta, mas ainda assim você pode se aproximar de sua filha, alcançar sua confiança e tentar ouvi-la e entender o que está se passando com ela. Se ela reconhecer que pode contar com você, sem julgamentos, com o tempo ela pode passar a te ouvir e assim buscar ajuda com um profissional. Talvez, a maior resistência dela seja a de se ver no lugar de um problema. Indico para vocês terapia familiar, pode ajudar em sua relação com ela, e sua filha pode aceitar mais facilmente uma terapia em que ela não precisa ser o centro do tratamento.
Espero ter ajudado, estou à disposição.
1 AGO 2017
· Esta resposta foi útil a 0 pessoas
Boa tarde Alci,
é perceptível a sua preocupação com sua filha, e imagino que deva ser angustiante sentir-se de mãos amarradas. Pensei que uma forma de poder lidar com isso seria a familia unir-se e convidá-la a participar de sessões familiares de terapia. Assim ela não sentiria-se ameaçada ou sendo o centro de um problema, quem sabe. Na terapia familiar, construímos junto a família diálogos e reflexões. Ouvindo, em ambiente estável, com a presença de um terapeuta para mediar a comunicação, sobre a preocupação da sua família sobre sua saúde, quem sabe ela possa buscar ajuda por conta própria.
29 JUL 2017
· Esta resposta foi útil a 3 pessoas
Olá boa noite
Uma das melhores formas de indicar tratamento psicológico a uma pessoa é dizer a ela os benefícios que este pode trazer. Que se trata de um processo de auto-conhecimento e melhora na auto estima já que só se ama a quem se conhece. Relacione pessoas que você conhece e que fazem psicoterapia, como gostam, como se sentem bem e mais felizes.
Se você já fez terapia, diga que a gente só oferece a quem a gente ama, aquilo que foi bom pra nós mesmos ou que a gente gosta.
Todas estas coisas que falei acima, são verdadeiras. É muito importante que se fale a verdade é se passe confiança e que seja positivo.
Concordo que talvez neste caso, pelo que você descreveu, sua filha possa precisar também de um psiquiatra mas com certeza a psicoterapia vai fazer muito bem a ela.
Boa sorte
Sandra Colaiori
29 JUL 2017
· Esta resposta foi útil a 4 pessoas
Olá, nesse caso seria importante a consulta com um psicólogo e também com um psiquiatra. Mas realmente, como ela é maior de idade, e responde por si, deve ir de espontânea vontade. Aconselho que os familiares, pessoas da confiança dela, sentem para conversar com ela e explicitem suas preocupações, de maneira séria, calma, sem estresse ou discussão, para que ela compreenda a angústia da família e perceba que precisa de uma ajuda profissional. Boa sorte para vocês.