Carência afetiva e sexual depois o fim. O que fazer?

Feita por >Luiza · 26 jan 2017 Terapia de casal

Primeiramente, desculpe o texto longo, mas alguns detalhes achei necessários para explicar minha situação. Desde já agradeço a paciência! :) Tenho 25 anos, estou fazendo meu segundo curso superior e tive um único namorado, aos 22 anos, com o qual tive minha primeira relação sexual e vivi uma experiência de namoro. Nós nos amávamos e durante um bom tempo, a relação foi muito boa. Havia muito carinho, intimidade, sexo bom, conversávamos sobre tudo e tínhamos intimidade para falar sobre tudo, inclusive sobre a relação. (Começou a ter problemas - além do normal, porque toda relação tem probleminhas e briguinhas - depois de um tempo que passamos a namorar a distância, a ter algum desinteresse e desânimo da parte dele mais para o fim da relação).

Mas sempre houve algumas questões, fatores complicadores: ele é 13 anos mais velho do que eu, é pai de uma adolescente, está passando por uma fase financeira muito complicada, porque, depois de um tempo de nos relacionarmos na mesma cidade, ele voltou a estudar, faz faculdade de engenharia ambiental em outra cidade. Sempre o apoiei, pois ele quis melhorar de vida - ele é uma pessoa de origem humilde - e obviamente com um curso superior ele tem mais chances. Ele já tinha um curso de tecnologia, o qual tem aptidão, mas infelizmente não conseguiu emprego na área por muito tempo, o que o obrigava a pegar bicos como barman e trabalhar como carpinteiro, mas sem conseguir carteira assinada e benefícios.

Mas além disso, há também nossa constante divergência de pontos de vista, inclusive de alguns valores: relação ao consumismo, ecologia e tendências políticas. Eu sou esquerda, ele também, mas ele é mais engajado e ativista, eu não. Apesar das diferenças, nosso sentimento falava mais forte no fim das contas, e nossa química também sempre foi muito boa. Além dos fatores citados, havia mais um problema. Meus pais gostaram dele como pessoa, acharam ele um cara inteligente e honesto, mas não muito dele como meu namorado, acharam que ele está em uma fase da vida muito diferente da minha - tanto em idade quanto questão de já ser pai, etc- e ele ter chegado aos quase 40 anos sem certa estabilidade financeira, viam isso com preocupação, se perguntavam como eles disseram, "como eu, boa aluna e ambiciosa, podia estar namorando um [suposto]"acomodado", sem nenhuma estabilidade. Somou-se isso com o nosso namoro ter passado a ser a distância devido à faculdade dele, que é numa área rural, praticamente sem sinal de celular e internet, apenas no campus da universidade. E no início ficávamos com saudade um do outro e dávamos um jeito de se falar, nem que seja rapidamente pelo Facebook, algumas vezes por semana. Eu fui duas vezes visitá-lo e ele vinha pra minha cidade quando podia. Mas, com o tempo, os problemas tanto financeiros, quanto familiares da parte dele o deixavam preocupado, atrapalhavam o desempenho dele na faculdade, e nesse meio tempo ele participou dos movimentos de esquerda junto com um grande grupo em sua universidade. Esse período culminou com um afastamento entre nós, ás vezes só o achava online disponível para conversar comigo, tentava ligar para falar com ele, mas como o celular não pegava era complicado, só às vezes dava certo. Comecei a me sentir negligenciada, mas relevava um pouco porque sabia da fase complicada que ele estava passando e procurava entender e apoiá-lo. Só que, depois que os movimentos de esquerda acabaram, e o período da universidade voltou ao normal, e ele estava menos atarefado, continuei sentindo um desinteresse por parte dele na relação. Havia um mês e meio que não nos víamos cara e cara embora da última vez o encontro tivesse sido ótimo. Ficávamos mais dias sem contato, quando nos encontrávamos online no Facebook, ele me respondia, mas dando menos atenção (fazia outras coisas simultaneamente, sendo que antes era só atenção para mim, dada a dificuldade de comunicação na sua cidade rural). E também não me procurava com a mesma frequência.

Um dia comentei que o achava desinteressado e ele confirmou, nesse dia conversamos muito tempo no Facebook sobre nossa relação e ele resolveu terminar. Eu tive que acatar, porque ele admitiu que ainda gostava de mim, mas NÃO ESTAVA FELIZ NA NOSSA RELAÇÃO. E que no momento da vida dele, não se sentia capaz de namorar ninguém. Na minha cabeça, tínhamos problemas, mas achei que dava para resolver, e estávamos passando por uma fase apenas. Inclusive, estava próximo das minhas férias e eu estava planejando passar ao menos uma semana inteira com ele, para a gente se curtir e matar a saudade. Quando vi que ele queria mesmo terminar, tive que concordar, porque relação tem que ser boa pros dois, e não sou eu que vou convencer ninguém, mas é claro que fiquei triste.

Depois, eu disse pra ele que era importante para mim falar cara a cara, terminar de uma forma legal, humana, que não fosse pelo Facebook. Ele resistiu à primeira vista - vai saber por que - mas depois disse que quando voltasse à minha cidade a trabalho me veria para a gente terminar oficialmente. E isso de fato aconteceu, foi muito emocionante e acho que para ele também, foi um momento terno, apesar de triste, conversamos, não brigamos, nos abraçamos e desejamos que o outro fosse feliz. Eu chorei. Fiquei aliviada por nosso fim ter sido o mais humano possível. Eu fiquei relativamente tranquila em relação ao término, tocando minha vida, não pensava mais nele (depois da primeira semana pós término). Estava e estou de férias, me preenchi de atividades que gosto, como ler, ir com amigos ao cinema, às vezes ao bar, etc. Mas volta e meia sentia uma pontada de saudade dele, de alguns momentos em comum, como beijos, carinho, dormir junto, nossas conversas, etc. Ainda gosto dele...Faz um mês que terminamos e não imaginei que ainda sentiria falta dele. Primeira pergunta: isso é normal? Outra coisa está acontecendo. Será que estou carente? Sinto falta de contato pele com pele, de beijar, e de fazer sexo. Apesar de me masturbar com frequência, acho que não dá pra substituir a experiência compartilhada. Ao mesmo tempo, não sei se sexo casual é para mim, porque nunca fiz, mas também temo ser muito recente ainda e eu posso não curtir a experiência porque iria comparar o cara com meu ex (porque ainda penso no ex, e nosso sexo era muito bom - ainda tinha a questão da intimidade, né). Segunda pergunta: O que posso fazer para esquecer meu ex com mais facilidade? Desde o término não nos falamos, então isso de isolar a pessoa do convívio eu já faço. O que mais posso fazer?

Últimas perguntas: Quando seria melhor eu tentar aproximações com outros homens? E como saber se estou preparada para encarar e curtir uma experiência de sexo casual, sem lembrar do sexo com o ex?

Não sei se tem como vocês responderem todas as minhas perguntas, mas se puderem me dar um norte, já vai ajudar muito! Obrigada!

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A melhor resposta 27 JAN 2017

Oi Luiza! Quantas questões! :)
Isso que você está vivendo é um processo de luto, é natural você se sentir meio perdida, ainda mais por ser ainda jovem e ter tido uma única experiência com relacionamentos. Esse processo é individual, então não se preocupe com o tempo e com se envolver com outras pessoas se não se sentir confortável. Procure se cercar de pessoas que você gosta e, se puder, procure acompanhamento psicológico para elaborar todas essas questões. Boa sorte!!

Bruna Paschoalini Psicólogo em São Paulo

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28 FEV 2019

Olá! É normal em sua idade e principalmente por ter sido seu primeiro relacionamento você estar perdida. Não se preocupe, o fim de um relacionamento é basicamente bem parecido com as fases do luto. O importante agora é você se curtir, praticar o autoconhecimento, tirar um tempo para você e quando se sentir confiante novamente você estará preparada para seguir em frente . Lembre-se sempre de não transferir suas experiências anteriores para os próximos relacionamentos!

Bárbara Alves de Paiva Psicólogo em Araguari

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28 JAN 2017

Todos têm potencial inexplorado!

Atendimento e acompanhamento psicológico.
Destinado a todo aquele que:
* necessita de diagnóstico quanto ao nível de alterações no comportamento, na personalidade e na cognição, bem como o nível de gravidade de determinadas lesões cerebrais e transtornos de aprendizagem; 

* deseja identificar potencialidade e dificuldades cognitivas;

* busque expressar seus conflitos e dificuldades, ultrapassar os obstáculos que o impedem de integrar-se e adaptar-se adequadamente ao meio social;

* busque otimizar desempenhos em concursos, provas e processos seletivos.

As sessões podem ser em grupo ou individuais. 

Atenciosamente,
Aline M. S. De Coster

Aline De Coster Psicólogo em Rio de Janeiro

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26 JAN 2017

Luiza, bom dia! Primeiramente fico feliz por ter se aberto por aqui, ter falado sobre como você se sente. O que você vem passando é um processo de elaboração do luto. Não há uma solução ou uma resposta imediata que podemos lhe oferecer, apenas lhe indicar que se for possível, e do seu interesse, buscar uma processo terapêutico na sua cidade, caso esteja muito difícil para você elaborar este luto a fim de lidar com a falta da presença, dos telefonemas, o sentimento de ser amada e ser correspondida ...e, é neste momento, que elaboramos um luto. Em sua fala percebemos muita saudade que impacta em sua vida profissional, social e em sua forma de ser, sentir e viver. Na psicoterapia você poderá elaborar estes momentos, as possíveis respostas e, hoje, o fato de conviver com essas dúvidas que carrega. A elaboração de uma perda também é importante e saudável em cada história e vivência! Espero ter lhe ajudado! Danielle Almeida

Danielle de Almeida Psicólogo em Rio de Janeiro

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