Escolha da profissão: orientar-se antes da escolha pode evitar uma grande decepção
Para lidar com a pressão de seguir a escolha errada, não raro o estudante desenvolve válvulas de escapes, como abuso de álcool, drogas ou qualquer atitude de risco, tornando ainda mais baixo
Volta em meia surgem estatísticas mostrando que um número significativo de estudantes abandona a faculdade. Há várias situações que aumentam a probabilidade de o calouro desistir da vaga conquistada a duras penas.
Embora problemas de saúde, dificuldades financeiras e demandas familiares sejam capazes de fazer o aluno desistir ou adiar a frequência aos bancos universitários, uma causa que vem se tornando comum é o sentimento da escolha errada.
Naturalmente não se abordará neste momento os casos em que o estudante persista no sofrimento de levar adiante o curso para o qual descobriu pouca ou nenhuma identificação, visando tão somente evitar decepcionar a expectativa da família.
Ao olhar para trás e ver a maratona de provas vestibulares que teve que enfrentar, pode ajudar também que permaneça no curso que desgosta. Deve-se alertar que se ele persistir na escolha equivocada pode causar em longo prazo frustração e maior sofrimento.
Para lidar com a pressão de seguir a escolha errada, não raro o estudante desenvolve válvulas de escapes, como abuso de álcool, drogas ou qualquer atitude de risco, tornando ainda mais baixo o rendimento acadêmico.
Caso o jovem abandone o curso e volte para casa é esperado no mínimo redução da autoestima. Afinal, havia verbalizado aos pais, aos parentes e amigos a empolgação com a profissão que hoje acredita equivocada.
Teme encarar as pessoas e admitir que ele errou na escolha. Quem toma a decisão de parar, independente da autoestima, encontra dificuldades. A primeira dificuldade é ter pela frente a tarefa de refazer todo o percurso de estudos e concentração para um novo vestibular ou de se submeter a concurso interno se a universidade permitir esta modalidade.
A outra dificuldade é a insegurança que pode abater sobre os pais e parentes de que o jovem não sabe bem o que quer. O temor é que faça novas escolhas erradas, desistindo inclusive do próximo curso. O momento mais indicado para o jovem participar da orientação vocacional é antes de se inscrever para o vestibular.
Sugere-se que esse processo se realize no primeiro ou segundo ano do Ensino Médio, devido à agenda de atividades no terceiro ano. Se o adolescente tem certeza de qual curso fazer antes mesmo de consultar um psicólogo, a orientação vocacional pode ser útil. Confirmar a profissão desejada após os testes e entrevistas contribuirá ainda mais para fortalecer a segurança pessoal na carreira escolhida.
No caso do estudante universitário, antes de desistir do curso, recomenda-se recorrer à Orientação Vocacional.
Além de resultar uma escolha mais consciente, pode ser orientado a encontrar dentro da universidade o curso de interesse. E se existir a possibilidade de realizar a migração, ser poupado do custo financeiro e emocional de prestar um novo vestibular.
As informações publicadas por MundoPsicologos.com não substituem em nenhum caso a relação entre o paciente e seu psicólogo. MundoPsicologos.com não faz apologia a nenhum tratamento específico, produto comercial ou serviço.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE